segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Maçonaria: filosofia ou religião?

A origem da maçonaria está ligada às lendas de Ísis a Osíris, Egito; ao culto a Mitra, vindo até a Ordem dos Templários e à Fraternidade Rosacruz entre outros elementos absorvidos. Alguns maçons afirmam que a maçonaria começou no Templo de Jerusalém, construído por Salomão.“No Egito e na Balilonia foram inventados alguns dos nossos símbolos, representando as mais profundas verdades que foram legadas por nossos ancestrais brancos”(“Maçonaria a Fé Cristã”, de J. Scott Horell. São Paulo, Mundo Cristão, 1995, p. 121).

Etimologicamente, o termo “maçom”, provém do baixo latim machio, macio, que também se diz provir do alemão metz, cortador de pedra, e do francônio,mattjo, cognato de sânscrito matya, clube, e do inglês mason e do francêsmaçon, pedreiro.

A Maçonaria, como a conhecemos hoje, foi fundada em 24 de junho de 1717, em Londres (Dicionário da Maçonaria). Nesse mesmo ano, quatro lojas maçônicas de Londres, se unificaram dando origem à Grande Loja da Inglaterra, conhecida como Maçonaria Especulativa ou Franco-Maçonaria. Assim sendo, a Grande Loja de Londres é o berço da maçonaria.

O aprofundamento na Maçonaria se dá através de Ritos que são divididos em séries e graus. Todo aquele que passar pelos três primeiros graus, Aprendiz, Companheiro e Mestre, é considerado maçom. Os dois ritos mais conhecidos são o Rito Escocês e o Rito de York. O Rito Egípcio ou de Misraim tem 90 graus.

Hoje a maçonaria tem uma influência muito grande no Brasil e no mundo: cerca de seis milhões no mundo, em mais de 164 países, e cerca de 150 mil no Brasil.

A maioria das pessoas consideram a maçonaria como uma sociedade secreta, onde participam concordemente membros de qualquer religião ou seita.

Na verdade, quando analisamos mais profundamente as práticas maçônicas, encontramos indícios de práticas religiosas e não apenas uma filosofia de vida.

Prestar culto a uma divindade é definição de religião e não de sociedade secreta. Vejamos alguns trechos do “Breviário Maçônico” – Rizzardo da Camino. 2. ed. São Paulo, Madras, 1977:

- p. 194: “O maçom, dentro do templo maçônico, através da liturgia, cultua o grande arquiteto do universo.”

- p. 337: “A Maçonaria pode ser uma religião no sentido estrito do vocábulo, isto é, na harmonização da criatura com o criador. É a religião maior e universal; o contato com a parte divina; é a comunhão com o grande arquiteto do universo, é o culto diante do altar dentro de uma loja ou no templo interior de cada maçom.”

Charles W. Leadbeater, outro escritor maçom, assim declara, na p. 177 de seu livro “A Vida Oculta na Maçonaria – The Hidden Life in Feemasonry”, São Paulo, Pensamento, 1995 : “Ainda que hoje em dia os maçons não dêem à sua Ordem o nome de religião, tem ela origem religiosa, e faz obra religiosa ao auxiliar seus iniciados e, por meio deles, o resto do mundo. Para muitos Irmãos, a maçonaria é a única religião que têm professado”.

Albert Pike, chamado de “O Platão da Maçonaria”, declara: “Toda loja maçônica é um templo religioso e seus ensinos são instruções religiosas. É a religião universal, eterna, imutável”. (In: “Maçonaria, do Outro Lado da Luz” – William Schoebelen. 2. ed. Curitiba, Luz e Vida, 1997. p. 33).

O Pastor Haroldo Reimer, na p. 7 de seu livro “Maçonaria, a Resposta de Uma Carta”, declara: “Não sei o que falta para ser religião. Tem templo, tem membros, tem doutrinas, tem batismo, tem um deus e tem reuniões”.

Diante desses pequenos trechos de autores consagrados, não podemos esquecer que a Maçonaria possui altar, juramentos, rituais, cerimônias, uso de incenso, velas, ritos fúnebres, catecismo e chega a praticar a Santa Ceia; nas Lojas existem as Cadeias de União (12 nós representando os símbolos do zodíaco) e a comunicação esotérica entre os membros, através de mantras, que podem ser considerados como invocação de espíritos (Egrégoras), telepatia, força do pensamento, meditação transcedental, proporcionando até mesmo levitação.

No altar de juramento, se faz necessário a presença de diversos livros sagrados, colocados em pé de igualdade, incluindo a Bíblia Sagrada, o Corão, o Tripitaka, os Vedas, o Livro dos Mórmons, etc. Dessa forma, todos os maçons, independente de sua religião pessoal, dentro do Templo Maçônico, adora a G.A.D.U (Grande Arquiteto do Universo), que representaria a deidade panteísta, colocando em pé de igualdade, os deuses de todas as religiões representadas por seus participantes. Entendemos que, o deus da Maçonaria, não é identificável.

Orações – São feitas tanto na abertura (leitura do Salmo 133), quanto no encerramento de todas as cerimônias.

Ceia Mística – Realiza-se na Iniciação do novo Cavaleiro Rosacruz e na quinta-feira de endoenças.

Dogmas (Landmarks) – Paternidade de Deus, fraternidade dos homens, imortalidade da alma.

O fato de os maçons insistirem de que não se trata de uma religião, não invalida a realidade. A Maçonaria não é uma mera sociedade secreta, ela é também potencialmente uma religião ocultista (“Maçonaria e Religião”, cap. V). A razão óbvia para afirmarem que a Maçonaria não é uma religião, é que, se todos tomarem conhecimento de que se trata de uma religião de carater secreto, as lojas não terão novos adeptos.

Veja também:

Símbolos da Maçonaria apresentado no site da Loja 43 de São Paulo.

Maçonaria: Sociedade Fraterna ou Religião?

O que a Bíblia diz:

Referente à confissão do Primeiro Grau Maçônico, os cristãos, quando aceitaram a Jesus Cristo, já se tornaram filhos da luz (I Ts. 5:4-5), portanto não podem se considerar, muito menos declararem-se em trevas para, através do rito iniciático, tornarem-se maçons.

Referente ao Juramento Iniciático da Maçonaria, Jesus ensina que o cristão não deve jurar por ninguém, mas que o seu ‘sim’, seja ‘sim’ e o seu ‘não’ seja ‘não’, e o que passar disso tem procedência malígna (Mt. 5:34-37).

No altar de juramento, assim como a Bíblia Sagrada não pode ser considerada como igual aos outros livros religiosos, por ser a Palavra do próprio Deus Verdadeiro, que criou os céus e a Terra, o Nosso Deus, O Todo-Poderoso, também não pode ser considerado digno de adoração, da mesma forma que os demais deuses, criados pela mente humana. Somente Ele, O Deus Verdadeiro é que é digno de toda honra, toda glória e todo louvor!!!!(ver os Dez Mandamentos em Ex. 20:2-17 e Dt. 6:13-15)

Quanto às orações, os cristãos devem fazê-la a Deus (Pai) em Nome de Jesus Cristo (Filho). A salvação não é alcançada pelas obras, mas pelo reconhecimento da intermediação de Jesus Cristo (Ef. 2:8-9).

Um cristão não pode ingressar na maçonaria sabendo que ela o leva a blasfemar contra Deus. Jesus ensinou que ninguém pode servir a dois senhores (Mt. 6:24). O verdadeiro cristão não tem a opção de ser maçom e cristão ao mesmo tempo; ele precisa decidir por Cristo, ou então aceitar um politeísmo que envolve Baal e Osiris. É impossível ser os dois.

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